quarta-feira, 14 de setembro de 2011

exercícios

algumas ideias dispersas sobre o modo compulsivo de doutrinar-me no equilíbrio e sorrisos.
compassividade e generosidade fazem parte dos sorrisos diários distribuídos aos transeuntes, àqueles que estão no trem, no ônibus, na rua.

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A moça entrou no trem com uma criança de colo pendurada, uma trouxinha dura e rosa, era o frio e o tanto de coberta para protegê-la. Pensei em um conto (tenho pensando em prosa e pouco em verso): a mãe carregando uma criança morta.
Logo o tema se desfez, tive sono, acho.
Algumas estações adiante ela tirou uma toalhinha com a Moranguinho estampada, passou-a levemente sobre o nariz. Em um dos braços sustentava a filha que dormia. Abaixou a cabeça, escondeu-se. Com a outra mão enxugava as lágrimas discretas e por isso mais tristes ainda.
Quase quis ajudá-la. Mas pedi a Deus que fosse mais invasivo do que eu e concedesse alguma graça à moça tão só, demais de só - parecia.
Desci na Barra Funda como quase todos os dias.

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